sábado, 26 de janeiro de 2019

Necessidade de Atenção?


     Há alguns meses me vem a vontade de escrever, há algum tempo meus dedos coçam agitados mas na hora não consigo pensar em algo ou acho que nada será útil. Tenho visto algumas pessoas escrevendo textos com seus posicionamentos políticos, suas ideias, suas frustrações, seus sentimentos, tudo no Facebook. Com isso tenho me questionado até que ponto vale escrever,se somos apenas egos sedentos por um minuto de atenção. Eu leio, gosto de ler tudo. Sei que alguns também gostam da troca, interagem da mesma forma. Talvez por isso minha vontade voltou. Na verdade vim aqui soltar essa dúvida que paira na minha cabeça: até onde o que fazemos aqui online é útil ou vai de fato causar alguma mudança positiva? Estamos na era da auto exposição, cada minuto vale um flash! Até que ponto nos importamos de fato com alguma coisa e até que ponto estamos loucamente atrás de "likes" e aplausos? Eu não sei. Também estou inserida neste caos digital. Tive vontade de escrever e no primeiro momento me veio à cabeça se não seria melhor escrever direto na timeline do Facebook, já que atingiria de imediato muitas pessoas. Sim, quis escrever e ainda não sei exatamente se será útil e em quê. Mas ainda prefiro fazê-lo aqui, onde me sinto no conforto da minha "casa". 
  

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Devaneios na madrugada

  5:32, não consigo dormir... cadê o meu caderno?  Cadê o meu caderno?? CADÊ O MEU CADERNO?? Por que ainda não arrumei a porcaria do computador? 
  5:35, tô tentando escrever pra ver se acalma a mente e o sono vem. Preciso acordar em horário de gente normal,  tenho 350 coisas pra fazer que SÓ dão pra fazer em horário de GENTE NORMAL!!
Ah, não!  Meu gato já tá querendo vomitar.  Vomita aí não,  no meu lençol de novo, não!! Ufa!! Que susto!
  Faz séculos que não posto nada no blog, porque iria justamente postar esta bosta? Vou postar, não! 
  Tava sentindo falta de escrever.  Esses dias fui dar uma opinião sobre um texto e acabou saindo praticamente uma resenha. Praticamente não... Acabou me inspirando a escrever.  Mas a inspiração parou aí mesmo,  só na vontade...
Cabeça cheia, papel em branco... vou tentar dormir... ouvir uma música, relaxar... preciso acordar em horário de gente normal. 
   

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quem conta um conto...


   

     Catarina foi levada às pressas para o hospital. Sua mãe chegou desesperada. Depois de acalmá-la o médico lhe explicou o que aconteceu:

- Não foi nada grave, Sra. Carmem. O carro estava saindo da garagem, em baixa velocidade.  Sua filha apenas torceu o pé.
- Então por que não a libera para ir para casa?
- Preferi deixá-la em observação. É comum esta medida nestas situações caso ocorra alguma hemorragia interna. Mas tenho certeza que não é o caso. Amanhã ela estará pronta para ir para casa, não se preocupe.

Carmem foi levada para o quarto onde estava Catarina.

- Minha filha! Que susto você me deu!
- Ah, mãe! Que bom que chegou! E o Rodrigo, cadê?
- Não consegui falar com ele ainda.
- Mãe! Ele está me esperando! Tenho que falar com ele agora!
- Calma, Catarina! Deita e relaxa! Olha, vou ligar para ele... estou ligando!

Carmem tenta falar com Rodrigo, mas seu celular está desligado e em sua casa ninguém atende. Catarina fica nervosa. Carmem lembra-se que tem o telefone da tia de Rodrigo.

- Achei o telefone da Marta, vou ligar para ela.
- Mããee! Não adianta! Ele nem vai muito lá!
- Peraí, atenderam. Alou, Marta?
- Sim, quem fala?
- Sou eu, Carmem, mãe de Catarina.
- Oi, Carmem, tudo bem?
- Não muito, Marta. Por acaso o Rodrigo está por aí?
- Não,não... faz muito tempo que ele não me faz uma visita. Mas o que houve? Algum problema?
- Ah, Marta! É minha filha! Ela foi atropelada.
- Meu Deus! Como foi? Como ela está?
- Ela está bem, o carro estava devagar e ela só torceu o pé. Mas ela tem que ficar esta noite no hospital em observação para o caso de ter alguma hemorragia interna.
- Ahh! Mas será? Ah, meu Deus!
- Não, o médico falou que é normal esse procedimento nestes casos. Mas ela está ansiosa querendo falar com o Rodrigo.
- Ah, Carmem! Tem que falar mesmo! Se o vir, aviso para ele.
- Obrigada! Tchau.

Desliga o telefone e continua tentando ligar para Rodrigo. Enquanto isso Marta liga para sua prima, Rita.

- Oi, Rita!
- Oi, Marta! Tudo bem?
- Não muito, Rita! Estou ligando para você porque sei que o Fábio trabalha com o Rodrigo.
- Sim, trabalha. Mas o que há?
- É que eu preciso falar com o Rodrigo, urgente! Sabe dele?
- Não, não sei. Mas o que está acontecendo?
- É a noiva dele... foi atropelada. A mãe dela, a  Carmem, sabe? Me ligou e quer muito falar com ele.
- Atropelada??
-É... mas não foi grave. Quebrou o pé e tem que ficar no hospital até amanhã caso ela tenha hemorragia interna.
- Hemorragia?? Há risco ainda?? Meu Deus!
- É, sim! Se vir o Rodrigo, avise imediatamente, está bem?
- Pode deixar. Tchau.

Rita fica pensativa e resolve ligar para sua mãe.

- Oi, mamãe. A Sra. tem que falar com a tia Melinha.
- O que foi, minha filha? Está preocupada?
- É a Catarina! Ela foi atropelada e está internada no hospital.
- A Catarina??
- É, mãe! Olha, o Rodrigo precisa saber, a tia Melinha vai achar ele. A Catarina quebrou o pé e parece estar também com hemorragia interna. A Carmem ligou para a Marta.
- Hemorragia?? Mas isso é sério! Ela pode perder muito sangue e morrer!
 -É mamãe! Ah, não sei... a Marta não pareceu tão nervosa!
- A Marta não sabe essas coisas! É grave, muito grave! Se está com hemorragia deve estar na UTi. Eu sei porque o sobrinho do meu vizinho é médico . Ele sempre conta os casos.
- Será? Ah, mas caso veja tia Melinha ou o próprio Rodrigo, avise, está bem?
- Claro que sim! Tchau!

A mãe de Rita liga para sua irmã Melinha.

- Oi, Melinha.
Oi, Glorinha! Que voz é essa?
- É a Catarina! Está no hospital, na UTI! Foi atropelada  e gravemente ferida! Está com hemorragia!
- Na UTI? ? Com hemorragia?? MEU DEUS! QUE HORROR!!
- Sim, Melinha! Precisa falar com o Rodrigo! A Carmem ligou para a Marta desesperada atrás dele.
- Sim, tenho que achá-lo rápido!  Ela pode estar morrendo.  Pode ser que meu neto nem a veja mais... meu Deus! Deixa eu desligar,tchau!
Glorinha liga imediatamente para sua filha Fátima, mãe de Rodrigo.
- Alou, filha?
- Oi, mamãe! O que houve? Está com uma voz...
- É a Catarina! O Rodrigo está?
- Não chegou ainda, foi justamente encontrá-la. Aconteceu alguma coisa?
- Ela foi atropelada! Está morrendo... está nas últimas no hospital!
- Não acredito!! Como pode?? Menina jovem, com a vida pela frente!! Tem certeza mesmo, mamãe? Era ela? Não confundiram?
- Não minha filha, a Carmem está no hospital.
- O Rodrigo vai ficar arrasado!
- Sim! Mas fale logo com ele... não sabemos por quanto tempo mais Catarina vai agüentar.

 Desligam o telefone. O marido de Fátima chega e estranha sua expressão. Pergunta o que aconteceu.

- Roberto, é a Catarina.
- O que tem ela?
- Foi atropelada! Não resistiu...
- O quê? Meu Deus! Fátima! Tem certeza?
- Sim! A Carmem está no hospital resolvendo as coisas. Ela ligou para mamãe, parece.
- E o Rodrigo?
- Temos que falar com ele.
- Deixa que eu conto para ele.

Rodrigo chega em casa inquieto, irritado com a falta de notícia de Catarina. Não havia percebido que seu celular estava desligado.  Encontra seu pai sentado no sofá, muito sério.

- O que foi, pai?
- Meu filho, precisamos conversar.
- O que foi, pai?
- Não sei a melhor forma para te falar...
- Falar o que??
- É a Catarina... ela morreu, meu filho!
- O QUÊÊÊ????


terça-feira, 1 de março de 2011

Desabafo explicativo




       Depois de quase um mês sem postar venho aqui para não deixar mais espaços em branco e explicar tamanha ausência para meus muitos 1 ou 2 leitores... Será que tem mais alguém aí além da minha mãe e do meu irmão? Família não vale! Aloouu?? Deixo claro aqui que neste post pode haver muitos palavrões então afastem as crianças da tela.
     Então... eu escreveria neste post a continuação do Lado B mas não foi possível ainda. Sabe quando você passa por um período meio anuviado, meio negro onde você fica chateada, triste, com raiva de tudo?? Pois é! E eu detesto fazer como muitos que escrevem textos liindos e deprês sobre seu sofrimento ou escrevem poemas ou reescrevem texto de algum escritor muito famoso. Este último em particular eu odeio muito! Sério... o facebook está lotado disso! Não aguento mais tanto texto igual de autores como Fernando Pessoa, Mário Quintana, Chico Xavier... nada contra eles, ao contrário, escrevem textos bons e interessantes mas já virou um “control c”, “control v” do cão que não aguento nem mais ler os nomes deles! Fala sério!! Mas voltando... eu venho aqui somente explicar minha ausência e prometo colocar a continuação no próximo texto, viu mãe? Ou mais alguém...?
     Tem um momento da vida que você para e pensa: “Mas que merda é essa??” É o momento que na sua visão tudo está ruim e nada de pior pode acontecer! Esse é um momento onde você vê desgraça em tudo e não consegue achar graça de nada!
     Eu penso que para escrever o tipo de texto que eu gosto de escrever tem que distanciar um pouco a situação. Se você está no meio dela não consegue enxergar com clareza e acaba por escrever aquelas coisas melancólicas, melodramáticas que citei antes.
     Passei também por várias noites mal dormidas pensando nos problemas que estava tendo, em algumas situações específicas, de trabalho, dinheiro, claro que não deixando de fora os homens... esses aí nem valem tanto a pena mas está incluído no meu pacote “problemas”. 
 Eu ficava pensando que precisava arrumar um trabalho porque estou sem dinheiro e também quero concluir meu curso, fora os custos com outras coisas. Aí pensava no dinheiro, de quanto preciso, na formação, ou falta um pouco dela que tenho para conseguir algo que dê um dinheiro o suficiente. Aí pensei num amigo que não me procura mais, aquele idiota que só porque não me vê há uns meses acha que eu deixei de existir...  aí ficava no twitter achando engraçado o que o povo twittava, principalmente os famosos. Aí me sentia íntima com a pessoa de tão à vontade que ela falava das coisas dela e twittava de volta e aí o cara não respondia mas eu ficava com aquela cara, esperando uma resposta dele. Aí ele respondia para outro engraçadinho que acha que é mais íntimo ainda dele e falava uma merda grande e tinha uma resposta do tipo “Você nem me conhece e tá falando...”. Aí eu pensava: porque o idiota twitta coisas particulares se não quer ler coisas desse tipo?? Aí eu tentava dormir de novo porque eram  4 horas da manhã. Aí olhava no relógio e tentava calcular que horas acordar para poder dormir decentemente e conseguir fazer o que precisava naquele dia. Aí pensava que meu gato está soltando pelos demais e por isso estou espirrando e tossindo sem parar. Aí pensva no que fiz, no que não fiz, no que comi, no que não devia ter comido... aí pensava no idiota que foi filho da puta.  Aí pensava nas pessoas filhas da puta (ou seria filhas das putas?) e pensava que o mundo está uma merda! Aí descobri que o filho da puta é legal e aí ficava com mais raiva ainda porque pior que filho da puta é filho da puta legal porque aí você não tem como ficar com raiva dele e não tem onde descontar... eu odeio filhos da puta legais! Aí eu pensava naquele outro que encontrei há poucos dias e fazia tempo que não via e que não tem nada de filho da puta, ao contrário, pra mim ele é lindo e completamente fofo!  Aí eu lembrava que ele tem aquelA pequeno detalhe...
Aí eu percebia que não dormi quase nada pensando merdas a noite inteira. E não durmo direito e fico um bagaço!
Está aí um pouco de como estive nos últimos dias...
Até o próximo post, com a continuação de “Lado B”.